Por Nátany dos Reis
As ruas eram escuras, mas o brilho da lua as iluminava. Nos becos escuros da cidade grande, gatos brigavam por restos de lixos, cachorros carentes embaixo de pontes frias e ratos em boeiros fazendo a festa.
Entre os becos, ao soar da meia-noite, podia-se ouvir passos e algum objeto de ferro sendo arrastado pelo chão, dando calafrios.
Um pouco mais adiante, via-se o andar rápido de uma bela moça com seus cabelos liso, castanhos como as nozes. Seu vestido azul era belo e elegante, combinava com seu olhar de cor negra. Parecia muito gentil.
Ela caminhava rapidamente para algum lugar, mas sem destino. Estaria perdida? Ela só desejava sair desta rua escura que era iluminada por somente um poste com luz fraca. Um barulho em um beco chama sua atenção, parecia ser alguém a correr para fora, em busca de uma saída.
— Olá!? Perguntava a bela moça, esperando que ninguém a respondesse.
De repente, algo de porte pequeno, em um só pulo, sai do beco escuro! Era um pequeno gato cinza-escuro meio machucado.
— Ai! Que susto! A moça toma um susto com o pequeno gato e fica um pouco aborrecida.
O gato não era arisco e, bastante calmo, parecia até com ar de debochado, ele se senta perto da placa com os nomes das ruas.
— Ah! Que bela descoberta, pequeno!
Ela caminha até a placa e tenta enxergar.
— Bom… é difícil enxergar, mas dá para ver algumas letras.
A moça de cabelos castanhos olha para os dois lados e decide seguir em frente, mas o gato cinza-escuro entre em sua frente como se não quisesse que ela fosse por aquele caminho.
— Pequeno, não posso te levar, minha cachorra odeia gatos. A de cabelos castanhos contorna o pequeno gato e continua seu caminho, ignorando o animal que fica de cara triste, indo embora pelo outro caminho não escolhido pela bela moça.
A moça continua seu caminho. Ela estava com tanta pressa que nem percebe que a rua fica mais escura do que antes. Ao passar na frente de um beco totalmente escuro, a moça ouve um cair de lata de metal no chão.
— Ah! Sério? Mais um animal para atrapalhar meu caminho. A moça diz sem muita paciência.
— O que uma bela dama faz sozinha a essa hora da noite, especialmente por essa região? Uma voz da escuridão do beco surge.
— Quem está aí?
— Ora, por que queres saber? Já que não viverás a partir desta bela noite de luar. – A voz da escuridão vem chegando mais perto para o lado de fora do beco.
— Mas… o que disse? Oh, meu Deus! A bela moça apavora-se ao ver que a voz era do assassino procurado dos jornais.
“Como pude ter tanto azar? E agora o que devo fazer?” A moça pensa profundamente, mas, de repente, seus pensamentos são invadidos com um toque suave em seu rosto delicado.
— Seu rosto é tão belo, é uma pena que não viverás a partir desta noite.
O sujeito de casaco preto desliza sua mão no rosto da moça. A bela moça estava paralisada de medo, enquanto o homem a olhava no fundo dos olhos. Os olhos da moça desceram um pouco vendo um machado na mão esquerda do sujeito de casaco.
— Não se preocupe, irei ser gentil com ele quando o empalar em seu pescoço. Dizia o homem se referindo ao seu machado afiado com dezenas de vítimas em sua história.
“Por quê? Por que comigo? O que fiz de errado para me acontecer isso?” A moça derramava lágrimas em seu rosto, enquanto pensava o porquê de isso está acontecendo com sua pessoa.
O homem derruba a bela moça no chão e a pega pelos pés para a arrastar para dentro do beco escuro.
— Por favor, não! A moça chorava e gritava de desespero, mas ninguém ouvia.