BLISS (2019)

Mais uma bela obra do diretor Joe Begos, que nos leva em um inferno alucinante de drogas, sexo e assassinato no submundo desprezível de Los Angeles. A luz do dia é nebulosa parecendo mesmo uma ressaca, as cores vibrantes fazem o filme ter um clima psicodélico e apavorante. Por conhecer os outros filmes do diretor eu já imaginava o que estava me aguardando, uma overdose de bom gosto sinistro, regado a uma cocaína escura que misturada a genialidade da artista, a arte toma caminhos obscuros quase que um vicio vampiresco. Sabemos que as drogas principalmente a cocaína nos torna mais poderosos e muitas vezes gênios incontroláveis, e aqui ela se mistura com a tinta e vicio, a vontade de expressar sua genialidade sozinho em um quarto dançando bebendo e sendo influenciado por pensamentos e sentimentos que muitas vezes nos levam a uma descida tortuosa, procurando cada vez mais a droga para ter respostas, e saber ao certo qual é o caminho a seguir mesmo que seja pintado com sangue e perdas irrecuperáveis. A obra é sempre muito mais importante do que as consequências. Um Arco-Íris Negro feito com muito estilo e influencias bacanas, diferente, sujo e como na vida de todo drogado existe parasitas que você encontra na noite, que vivem e compartilham das mesmas ideias e juntos enfrentam jornadas noturnas mergulhados em um frenesi de ideias e loucuras infernais, levando a lugares sem volta com criaturas da noite sedentas por sangue carne e arte.

Veja também Near Dark  e The Driller Killer

Como diz Dezzy “Foda-se”

                                                             

 

Texto: Marcito da perdição

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