Limites

“Boundaries”

Por Álvaro Nicotti*

Estava no final do primeiro semestre do meu curso de mestrado, onde o mesmo me exigia a elaboração de 4 artigos, com no mínimo 10 páginas para serem escritas num período de 35 dia. Além disso, ficava um bom tempo debruçado na frente do computador dando aulas, montando mapas conceituais e elaborando provas. Não bastasse isso, estava envolvido com lidas da casa, ajudando com limpeza, cozinha, atenção ao filho e todas aquelas demandas que um homem e pai presente deviria fazer.

Estou reclamando? Evidente que não. São coisas que um rapaz que nem eu ama fazer e que deve agradecer todo o dia por ser beneficiado por essas demandas. Aliás, esses afazeres nada mais são do que a maravilha da simplicidade. Afinal, o mais simples é o mais importante.

Mas chegou uma sexta feira que eu estava um pouco ansioso, cansado e pedindo encarecidamente uma cama quentinha, um lustre aceso no canto do quarto e um filme gostoso pra ver. Mas o que ver?

Na tv só estava dando o de sempre. A única coisa boa que havia encontrado era um blockbuster de ação e ficção. Mas eu não queria nada, absolutamente nada, que envolvesse uma pistola, uma faca, uma nave, uma moto voando a 200 por hora. Eu queria um filme agradável, e de qualidade, que refletisse a simplicidade da vida como algo essencial e importante….

Foi então que, navegando nas plataformas de Streaming, mais precisamente no Telecine, que encontrei Limites.

O filme fala de uma mãe solo (Vera Farmiga) que busca viver uma vida normal com seu filho pré-adolescente e bom desenhista. Porém, sua ingênua intenção se desvirtua quando ela precisa levar seu pai (Christopher Plummer), um homem desregrado, em uma viagem de carro do Texas até a Califórnia. Pai, filha e neto fazem então uma viagem onde os mesmos vão encontrar o significado de estarem em família da forma mais inusitada, engraçada e bonita.

Recomendo.

*Professor, pesquisador e colaborador do TemQueVer

 

 

 

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