A Associação Comunitária de Imbé – Braço Morto (ACIBM) é reconhecida como a associação comunitária mais antiga do Brasil ainda em atividade. Com mais de quatro décadas de atuação contínua, a entidade também possui reconhecimento do IBAMA como organização ambientalista, consolidando-se como uma das vozes mais atuantes em defesa do meio ambiente e da cultura tradicional no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Preservação cultural
Entre as principais iniciativas da ACIBM está a proposição do registro da pesca colaborativa no rio Tramandaí como patrimônio cultural imaterial, encaminhada junto ao IPHAN, com apoio do CECLIMAR/UFRGS. Essa prática, que atravessa gerações, é um marco da identidade local e da relação histórica da comunidade com o rio.
Ativismo ambiental
A associação também tem se destacado na luta contra projetos de grande impacto socioambiental. Entre eles, as denúncias contra o projeto de porto em Arroio do Sal, alertando sobre os riscos para a pesca artesanal, a biodiversidade marinha e a saúde pública.
Articulação regional
Com forte atuação política e comunitária, a ACIBM integra o Movimento de Defesa do Litoral Norte (MOVLN), espaço coletivo que reúne entidades em defesa da bacia hidrográfica do Tramandaí e da proteção do litoral gaúcho.
Críticas a obras e controle de efluentes
A entidade também mantém posição crítica diante de obras e intervenções urbanas que desconsideram aspectos ambientais, como:
Substituição de valas naturais por tubulações já assoreadas
Supressão irregular de vegetação em Áreas de Preservação Permanente (APPs)
Ausência de estudos de impacto ambiental (EIA-RIMA) em projetos da CORSAN/AEGEA
Atualmente, a ACIBM participa, como parte do processo judicial em litisconsórcio com o município de Tramandaí, de uma ação contra a AEGEA e a FEPAM. O objetivo é barrar obras que preveem o despejo de esgoto semitratado de Xangri-lá e Capão da Canoa no rio Tramandaí.
Além disso, a associação critica projetos de infraestrutura de grande porte, como pontes estaiadas e duplicações viárias, realizados sem a devida análise de impactos ambientais.
Um futuro sustentável
A ACIBM reafirma sua trajetória como voz crítica e atuante da sociedade civil, defendendo:
O uso responsável dos recursos naturais
O respeito à legislação ambiental
Soluções baseadas na natureza
O direito das futuras gerações a um futuro sustentáve
Não é tarde para corrigir o rumo. Mas é urgente.”









