Conflito palestina e Israel em Cena

Por Claudio Nicotti*

Sou contra qualquer solução de conflitos pela violência. Não aprovo a iniciativa do Hamas, embora compreenda. Não é fácil segurar os jovens palestinos vivendo num Campo de Concentração em Gaza, sem liberdade de locomoção e frequentemente bombardeados pelos sionistas.

Mas proponho um tema para reflexão: desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia os EUA e seus asseclas Otanistas estão liberando centenas de milhões de dólares em equipamentos militares, mísseis, armamentos. Os capitalistas desse setor estão em fase de superprodução. A ética morreu. Só no sábado, 7 de outubro, o Hamas lançou mil mísseis contra Israel.

Quem vocês acham que venderam os mísseis ao Hamas?
A Rússia que mantém uma ótima relação atualmente com Israel?
Ou os intermediários dessa promíscua relação entre liberação de armamentos à Ucrânia?

Capitalismo é isso meus camaradas: Oferta e Demanda.

A seguir, três sugestões de filmes:

O Senhor das Armas (2005)

Um agente incorruptível da Interpol persegue um negociante de armas chamado Yuri Orlov, que ficou milionário se aproveitando do fim da Guerra Fria, do colapso da União Soviética e do crescimento do terrorismo internacional para fazer negócios em todas as partes do mundo.

Paradise Now (2005)

A produção palestina assinada por Hany Abu-Assad teve aclamada trajetória internacional – ganhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e concorreu ao Oscar da categoria. A causa palestina é abordada por um viés contundente: a lógica que move um homem-bomba. Dois amigos de infância alistam-se em esquadrão suicida. Na iminência de um ataque terrorista em Tel-Aviv, eclodem entre eles conflitos familiares, morais e religiosos.

Kedma (2002)

O israelense Amos Gitai faz da tensão entre israelenses e palestinos matéria-prima de alguns de seus grandes filmes – o diretor foi ferido registrando combates na Guerra do Yom Kippur, em 1973. Neste longa, ele vai ao epicentro do conflito. Mostra a chegada à Palestina dos judeus europeus refugiados da II Guerra, muitos sobreviventes do Holocausto, no movimento de ocupação rejeitado pelos palestinos mas chancelado pela ONU com a criação do Estado de Israel, em 1948.

*Advogado

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