Da Fortaleza Mal Assombrada a uma Sala de Cinema Lotada

Por Álvaro Nicotti*

No inverno silencioso litorâneo da minha infância na década de 1990, um castelo assombrado que, preso em sua torre, existia um velho louco e desnutrido que gritava sem parar.

Na adolescência, um lugar tranquilo para conversar, se esconder e namorar.

Como pai contador de histórias, um lugar fértil para confirmar que por lá, bruxas passaram a morar.

A Bruxa da Lua, que rivalizava com a Bruxa do Sol, que no castelo da Beira Mar começou a habitar.

Prendia em seus calabouços centenas de Impin Nheques, duendes com o bumbum iluminado, que moravam em colônias nas raízes de Hibisco que cercavam o Castelinho.

O reinado da Bruxa da Lua acabou quando Goul, o Homem Podre, despertou das profundezas do Labirinto do Litoral Norte e dos dois castelos de Imbé se apropriou.

Hoje, Goul está preso em uma pintura de quadro pendurado em alguma casa de veraneio de Tramandaí. Seus poderes, por hora, não atravessam a pintura, muito menos a ponte da Barra.

O labirinto segue um mistério. Pois de lá, surgem rumores que uma grande raiz tomou forma de criatura para que, em muito breve, possa transformar toda a população do litoral em batatas inglesas, por tanto canalizarem córregos, arrancarem árvores, removerem dunas, construírem espigões, matarem gambás e sujarem as praias.

Mas essa história só é possível se aprofundar jogando o RPG do Alvarenga , que logo ele estará a publicar.

O que se sabe de concreto e até se registrou foi o cinema no castelinho que lá se presenciou.

Foi o Cine Clube Temquever.

Uma sala de cinema medieval passando uma obra prima nacional.

Estava lindo!

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