Por Claudio Fonseca*
Há cada 4 anos temos eleições no Brasil. São intercaladas entre eleições para presidência, governadores, deputados federais, estaduais, senadores, e para prefeitos e vereadores. Nesse ano de 2024 temos eleições para prefeitos e vereadores.
Diante da realidade de extremos climáticos que estamos vivendo no mundo todo, e em particular no RS, e mais ainda em Porto Alegre, nos impõe uma reflexão mais cuidadosa de quem vamos escolher, tanto para o executivo municipal, quanto para os legisladores.
Temos prefeitos e vereadores com mandato, que vão tentar suas reeleições. Teremos também novos postulantes para ocupar esses cargos.
A relação direta entre quem vai ser eleito ou reeleito e o que estamos enfrentando com as reações legítimas e previsíveis da natureza, tem que ser fundamentada em algumas práticas e condutas, muito além dos discursos cooptativos e sedutores de candidatos, seja dos novos postulantes, seja dos que já exercem mandatos.
Aqueles políticos com mandatos que demonstraram mais alinhamento com o modelo de desenvolvimento baseada na especulação imobiliária, tem que ser banidos da política. O único caminho pra resolver qualquer questão e ou conflito da sociedade, não se dará fora da política.
Novos postulantes, precisam ser transparentes sobre quem financia suas campanhas, quais interesses realmente defendem. Não é hora para tergiversação, para tentar enganar incautos, sobre seus reais comprometimentos e com quais segmentos da sociedade estão representando.
Se forem comprometimentos baseados na acumulação para poucos em detrimento de muitos, não votem nesses candidatos.
Se defenderem a verticalização de espaços urbanos como o melhor modelo de gerar riquezas, emprego e rendas para a população, desconfie deles, porque seguem a linha predatória da destruição do planeta e das civilizações, da fauna, da flora, sem nenhuma preocupação das condições saudáveis que estarão legando, que será aumentar a destruição da raça humana e todos os outros seres (animais e vegetais) para o acúmulo de poucos concentrando riquezas pra si, e miséria para a grande maioria.
Quem quiser, de fato, preservar o planeta que vivemos, pensando em si, seus filhos e netos, não podem embarcar em discursos fáceis e enganosos. Destruidores sempre serão destruidores, não importa como queiram se travestir.
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*Consultor de empresas e ativista em defesa do meio ambiente.