O documentário não traz nenhuma novidade. Essa questão do gigantismo das empreses de tecnologia digital já são analisadas e são referidas, principalmente, no tema das Guerras Híbridas. No entanto, o mesmo escancara o assunto e amplia a sua divulgação para um grande público. As consequências desta ampla divulgação poderão se reverter em uma forte ação para regulamentação dessas empresas, principalmente por parte de setores rentistas/gerentistas de grandes nações ligadas ao legalismo e ao antifascismo.
Entretanto, antes de tudo, essa tecnologia é mais um agente de manutenção de sistema. Se o sistema é capitalista e consumista, ele vai ser usado de acordo com esta lógica. Por isso penso que temos que bater na tecla de que o grande problema segue sendo o modo de produção ao qual estamos inseridos, o hábito consumista que está enraizado dentro da grande maioria das pessoas para que a economia mundial funcione.
O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade. Quando uma sociedade se transforma é devido, principalmente, à mudança em seu modo de produção como, por exemplo, na transformação do feudalismo para o capitalismo. O filme/documentário A História das Coisas traz esse assunto de forma bem didática e de simples entendimento
Voltando ao tema, o documentário também serve para trazer para o linguajar comum termos como lucro por informação, capitalismo de vigilância, taxação de serviços de dados, usuário regular e etc.
Mas, mais importante pra mim, e aí falo por mim, é que um caminho possivelmente certo está em mudar nossos costumes. Consumir menos, olhar menos televisão, andar mais de bicicleta (ou qualquer outro exercício). Fazendo isso, a rede social não te pega, pelo contrário, pode até ser uma aliada.
No sentido macro, contudo, ou muda o modo de produção e diminui a desigualdade social, ou mantem o sistema (que certo nos levará ao colapso) e taxa essas empresas para que se diminuam os danos sociais.
De resto, um bom filme/documentário para as pessoas refletirem sobre o papel das redes socias no nosso dia a dia e no desenvolvimento social mundial e, também, uma maneira de combater de forma mais eficaz as FakeNews.