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Afeto e Política

Por Cláudio Fonseca*

Quando se examina a pirâmide social brasileira, com enorme concentração de riqueza na mão de tão poucos, e por outro lado enorme contingente de pessoas com baixa renda, e muitos ainda vivendo condições precárias e de miséria, pergunta-se – como se construiu um país tão desigual e tão injusto?

Segundo estudos do IJSN – INSTITUDO JONES DOS SANTOS NEVES, 27,5% da população brasileira estava à baixo da linha da pobreza em 2023. Enquanto que a renda per capita média dos 1% mais ricos no país é de pelo menos R$ 20.664 mensais, ou seja, os mais ricos com renda média 39,2 vezes maior que o rendimento dos mais pobres que representam 40% da população que tem renda média mensal de R$ 527.

Como inserir o afeto na agenda da vida normal de pessoas que mal sabem se terão o que dar de comer a suas famílias?

Como sentirem-se seguras em relação a seu futuro e de seus filhos?

Grande parte da violência encontrada, principalmente em todos os centros urbanos, seja do tamanho que forem, deve-se a essa brutal desigualdade.

Sabe-se que esse é um fenômeno social, não apenas do Brasil, mas em boa parte do mundo onde predomina o interesse dos ditos ‘rentistas’ e sua gula desenfreada por acumular ganhos cada vez maiores, independente que isso signifique colocar muita gente abaixo da linha da pobreza para que realizem seus ganhos desproporcionais.

Entre si, esses predadores sociais distribuem sinais efusivos de afetos, brindam seus ganhos, suas conquistas, muitas vezes a partir de privatizações de serviços públicos essenciais, que são entregues a eles a preço de banana.

Fica a pergunta que jamais vai calar – Como se pode fazer e o que se pode fazer para que o afeto seja um direito e uma realidade de todos?

Ou tem classes de pessoas que não tem direito a cultivar esse sentimento?

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*Consultor de empresas e ativista em defesa do meio ambiente.

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