Plenitude (crônica)

Por Juliana Ludwig Justo*

Sempre gostei dessa palavra, e do seu significado. Plenitude estado do que é inteiro, completo, integridade. Mas pensei que era para poucos, pessoas espiritualizadas, tipo monges, mas hoje percebo que todos podemos alcançar a plenitude, inclusive eu, estou plena, completa e íntegra.

Vou fazer aqui uma descrição do que penso ser plenitude e/ou estar pleno.

Hoje moro no que considero paraíso, numa cidade com mar, onde me sinto segura, tem lago, pássaros, vento, sol e silêncio.

 No silêncio que encontrei a plenitude, mas para isso você deve silenciar sua mente, essa é a tarefa difícil.

 Silenciar a mente, estou conseguindo, com a meditação e a respiração, além da observação. Parar, observar e ter paciência.

O silêncio nos leva ao pensamento, mas o pensamento sem ansiedade e angústia. Na plenitude não criamos histórias, não alimentamos nossos egos, medos e inseguranças. Aprendemos a ouvir e a aguardar. Cada vez percebo que Deus nos deu 2 ouvidos e apenas uma boca, isso não foi por acaso. Falar menos e ouvir mais também faz parte desse exercício.

Na plenitude vamos abandonando o egoísmo, o egocentrismo, ego, percebem que nosso ego acaba por muitas vezes nos atrapalhando, encontrando e estando pleno vamos alimentando outros sentimentos, como a calma, o amor, a tranquilidade, a luz, afinal o caminho da plenitude que a humanidade busca, pelo menos é minha observação de uma vida das pessoas que já encontrei.  As pessoas muitas vezes relatam essa busca pelos sentimentos que já citei, vão a igrejas, templos, caminhadas, enfim, cada um tenta fazer sua busca pela plenitude.

Plenitude não significa que estamos libertos de qualquer problema, mas nos proporciona mais sabedoria para resolver, menos pressa. Aprendemos que o tempo é nosso melhor aliado.

Estar plena é estar feliz na maior parte do tempo, prestar atenção aos detalhes da vida, do caminho que você faz para o trabalho ou qualquer outro lugar. Também o não julgamento, claro que as pessoas provocam curiosidades, como quem são, o que fazem, o que pensam ou estão pensando, enfim, curiosidades, mas não julgamentos.

Plenitude nos permitem rir de nós mesmos, fazer nossa busca do que gostamos de fazer, um reencontro com você mesmo. Descobrir coisas sobre você, inclusive surpreendendo com algumas mudanças.

Mudanças que me torna uma pessoa melhor para mim mesma, e assim para quem está a minha volta.

A plenitude nos permitem nos conhecermos, buscando nosso melhor a cada dia. Uma caminhada que vale a pena!

*Educadora Física, Mestre em Educação, bailarina, produtora Cultural e Diretora da Mi Casa Cultural@ludwigjusto

Comente