A Bolívia é um país localizado no centro-oeste da América do Sul. Faz fronteira com o Brasil ao norte e leste, Paraguai e Argentina ao sul, e Chile e Peru ao oeste. Antes da colonização europeia, a região andina boliviana fazia parte do império Inca — o maior império da era pré-colombiana. O império Espanhol invadiu e conquistou essa região no século XVI.
A invasão espanhola na Bolívia, assim como qualquer colonização escravista, produziu sérias consequências sociais. Desigualdade, pobreza, miséria, fome e conflito de classe.
Diferentemente do Brasil, a Bolívia concentra uma grande população indígena, descendentes de diversas etnias locais (o que não significa uma população maior numericamente do que o Brasil). Atualmente, essa população é a que apresenta os maiores números de pobreza e que detém a menor fatias das riquezas do país. Por outro lado, a população branca, de classe abastadas, detentoras da maior fatia do bolo, divide, ocupa e disputa espaços no campo e, principalmente, na cidade. Tanto é que, em 2019, presenciamos um golpe de Estado no então presidente eleito Evo Morales tendo essa disputa como causa central.
Embora sob a aparência de um golpe clássico, caracterizado pela ruptura institucional e comandado por militares, milicianos e pela elite econômica do país, as circunstâncias que levaram Evo Morales à renúncia podem ser encaradas como mais uma faceta do autoritarismo líquido dos nossos tempos.
E um excelente filme que aborda essa disputa de classe é Zona Sur. No entanto, não se trata de um filme político didático, ou então uma obra com tons revolucionários com intuito de reescrever a história através das telas de cinema. Zona Sur mostra o contrário: a questão invisível da disputa de classe; o dia a dia de uma família rica e seu “criados” num bairro nobre de La Paz.
Ótima produção do cinema boliviano.
Disponível no Amazon Prime
Direção: Juan Carlos Valdivia
País: Bolívia