MOV promove ação de conscientização sobre o emissário ETE2 Xangri-lá

Neste domingo, 07 de abril, o MOVLN (Movimento Unificado em Defesa do Litoral Norte) promoveu uma ação de divulgação, informação e denúncia na região, em virtude do projeto da Corsan/Angea de despejar efluente de esgoto tratado da ETE (Estação de tratamento de esgoto) Xangri-lá, que abrange os condomínios fechados deste munícipio, até o rio Tramandaí. A ação foi um roteiro junto à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos no Litoral.

A atividade começou pela manhã, na aldeia indígena Sol Nascente, em Osório. A equipe do MOV foi recebida pela liderança local para uma conversa na escola da aldeia. Nesta etapa, se fez um relato sobre o efluente tratado de esgoto na região e os problemas que ocorrerão ao colocar o efluente tratado no rio Tramandaí, contaminando o rio os peixes. Os indígenas relataram q eles conversam muito sobre a proteção do meio ambiente e q se preocupam muito com as notícias q ouvem sobre prejudicarem os rios de onde bebemos a água e de onde se pesca.

Escola da Aldeia Sol Nascente

Logo em seguida, a equipe se direcionou para a lagoa do Marcelino, uma das lagoas com os piores índices de poluição, devido ao despejo de esgoto in natura.

O roteiro teve continuidade no município de Imbé, junto aos pescadores e ao secretário do meio ambiente, que se comprometeu em buscar engajamento na luta por sustar o projeto de despejo de esgoto tratado no rio Tramandaí.

Encontro em Imbé

Por fim, a ação do MOV terminou em um encontro com líderes comunitários da comunidade da Figueirinha, em Xangri-lá. Uma comunidade que está sofrendo com condições insalubres por morar ao lado de uma estação de tratamento de esgoto (ETE1) que está causando um crime ambiental por receber o esgoto inatura nas bacias de infiltração da praça de Atlântida e de todos os prédios do entorno desta praça, localizada no bairro Atlântida, sem tratamento e poluindo o lençol freático.

Segundo Tiago Domingues, um dos organizadores desta ação, este domingo foi:

“Um dia intenso de diálogo e comunhão, sobretudo de princípios e amor pela natureza. Estamos estruturando algo inédito no litoral, um verdadeiro movimento de bases. Quando as bases se movem o topo da pirâmide treme e pode também desabar. Acredito que com tudo isso concluímos a primeira etapa da fundação do nosso movimento. Estamos integrados em diversos territórios. Manter esse vínculos ativos e buscar a criação de novos laços é um dever de todos e todas aqui. Obrigado!”

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